sexta-feira, 21 de agosto de 2015

RESPOSTAS


As respostas não mais respondem as questões
Talvez, porque as respostas não sejam suficientes
Ou que sabe, as perguntas não sejam aceitáveis.
A busca se expandiu até os limiares das interrogações
Substituindo as afirmações tão retoricamente elaboradas.

Seria possível responder as questões
Se ao menos pudéssemos saber o que realmente se pergunta
Assim poderia inventar respostas afirmativas, conclusivas.
Afinal, repostas são apenas dizerem para acalmar as dúvidas
São construções racionais para uma geração empobrecida.

Bem queria eu ter as respostas, mas a mim coube às perguntas
Cheias de interrogações inquietantes e confortantes
Transtornos de uma vida rotineira, acomodada, utópica.
Pergunto-me se haveria respostas para minhas indagações
Mas lamento! Minhas questões não suplicam respostas.

Para que, então, haver respostas para um convívio distante?
Se ao menos pudesse tatear as aspirações ensurdecidas
Dali poderia encontrar as repostas que me fariam perguntar.
Perguntar não responde. Nem responder provoca perguntas.
São respostas autoritativas para perguntas inconclusas.

Ainda busco respostas!

Mas agora fico a esperar as perguntas.

Para, então, te responder...

[por Vinicius Seabra | escrito no outono de 2015]

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