Se cheiro pode ser azedo
E o silêncio pode dizer mais que
palavras
Por que, então, não sentir o
gosto de água insípida
Para que ser inodor e incolor
para as dúvidas?
Se penso
para existir
E se estudo
para saber que não saberei muita coisa
Por que,
então, não andar mais devagar
Para que
chegar mais rápido no futuro inerte?
Se escrever
exige ser erudito
E o poetizar
implica em tornar abstrato o dito
Por que,
então, complicar tanto o que será lido
Para que
distanciar tantos sonhos de seus sonhadores?
[por Vinicius Seabra | escrito no verão de 2013]
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